Aprender a gerir hoje para construir um império amanhã

Para compreender e lidar com as finanças pessoais é preciso ter a noção de que vivemos numa sociedade capitalista, de forma que o dinheiro tem carácter de mercadoria e, como mercadoria, possui um preço. Neste sentido, é essencial que os jovens aprendam a cuidar do seu orçamento conforme as regras que a sociedade actual impõe.

É fulcral o jovem perceber a importância de saber gerir o próprio dinheiro, ou seja, de saber como elaborar um bom orçamento. Efectivamente um orçamento deve ser elaborado tendo em conta a receita, as despesas com bens essenciais e supérfluos e a poupança. O orçamento trata-se por isso de uma ferramenta essencial que permite aos jovens perceberem o valor do dinheiro e serem responsáveis ​​pelos seus gastos, evitando gastos excessivos e desnecessários podendo assim poupar no dia-a-diaUm bom orçamento implica planeamento, e é promotor do empreendorismo, alem de motivador para o jovem, pois permite que este esteja consciente do valor do dinheiro, facilitando tomadas de decisão acertadas e cooperando para o objectivo de poupança e investimento a curto, médio e longo prazo.

Não obstante estas ferramentas praticas, a literacia financeira considera também os factores psicológicos que promovem ou não, um comportamento assertivo no momento de tomada de decisão. Já que no interior de cada ser humano existe uma motivação que acontece naturalmente para evitar conflitos ou resolvê-los, e as tomadas de decisão dos jovens investidores podem ser claramente influenciadas por esta.

É através da educação financeira que os jovens poderão mudar suas preferências e monitorizar seu comportamento a respeito do ato de consumir e de como gerar poupança, já que esta permitir-lhe-á alterar e (re)construir padrões motivacionais e comportamentais.

Para que o jovem possa ter o controlo sobre as suas finanças, deve conseguir:

- Desenvolver hábitos de gestão pessoal e familiar;

- Determinar objectivos e metas a curto médio e longo prazo;

- Elaborar orçamentos, contendo suas prioridades para o consumo;

- Reduzir despesas;

- Ser empreendedor, procurando novas soluções para aumentar a rendimentos;

- Desenvolver a criatividade, o espírito de liderança e a assertividade;

- Ser inovador e pró-activo;

Em conclusão, a educação financeira nos jovens, concorre para o objetivo de tranquilidade financeira pessoal e social, pois quanto mais cedo os jovens aprenderem a gerir, planear, orçamentar e poupar, menor será o esforço que terá de fazer no futuro, estando desta forma melhor preparados para integrar, apoiar e criticar construtivamente a sociedade em que vivemos, revelando-se adultos mais felizes e adaptados.

Filipa Marinho

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